PCC, CV e FARC: 22 facções criminosas aterrorizam a Amazônia

 

Um recente estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela um preocupante cenário de violência na região amazônica. Segundo o estudo intitulado "Cartografias da Violência na Amazônia", a área abriga a atuação de 22 organizações criminosas, incluindo o Comando Vermelho, PCC (Primeiro Comando da Capital) e dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas).

De acordo com os dados apresentados, seis em cada dez habitantes da região estão sob influência direta do crime organizado. As quadrilhas marcam presença em, pelo menos, 178 municípios da área, com destaque para a atuação do Comando Vermelho, PCC, dissidentes das Farc, Bonde dos 13, Clã-Chuquizuta, ELN, Os Crias, PCP (Primeiro Comando Panda) e outras 14 organizações relacionadas ao tráfico de drogas.

A disputa entre essas facções concentra-se principalmente nas áreas fronteiriças da Amazônia brasileira, que fazem divisa com Acre, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Peru. Rondônia, em especial, é apontado no estudo como um estado onde o controle do tráfico de drogas é dividido entre o Comando Vermelho, PCC e PCP. As três facções estão em constante disputa pelo domínio das estradas federais que cortam a região.

Segundo a pesquisa, os municípios de Rondônia em conflito são atravessados por três importantes rodovias federais: BR-364, BR-425 e BR-429. Estas vias tornaram-se rotas críticas do narcotráfico, interligando a fronteira do Brasil com a Bolívia.

Os dados alarmantes revelam que a taxa de mortes violentas intencionais na região da Amazônia Legal é de 33,8 por 100 mil habitantes, contrastando com a média nacional de 23,3 por 100 mil habitantes, o que representa uma diferença de 45%.

O estudo lançado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ressalta a urgência de ações efetivas para lidar com a presença e a influência dessas organizações criminosas na região, visando a garantia da segurança e proteção dos habitantes da Amazônia.

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