Em entrevista à TV Jangadeiro, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, abordou o recente crime ocorrido na terça-feira, 23 de abril, nas dependências do Instituto Doutor José Frota (IJF), um dos principais hospitais públicos de Fortaleza. Um homem foi vítima de homicídio seguido de decapitação.
Apesar do Secretário de Segurança Pública do Ceará ter declarado que se tratava de um crime passional, Ciro Gomes afirmou que o ocorrido apresentava características típicas de ação de facções criminosas. Segundo ele, "é evidente que parecia que era facção porque é assim que ela age".
Veja no vídeo abaixo trecho da entrevista:
O ex-governador também mencionou outro crime ocorrido momentos antes, o assassinato de um adolescente próximo a uma escola municipal. Ele endossou as declarações de seu aliado político, o atual prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), feitas nas redes sociais, sobre o controle das facções criminosas no estado, afirmando que "nós estamos controlados no Ceará pelas facções".
Ciro Gomes questionou a atuação da polícia em relação ao avanço das facções criminosas, mencionando a gestão anterior do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele destacou: "todos sabem quem é que dá as cartas nas facções, só quem não sabe é a polícia do Elmano, a polícia do PT".
O ex-governador denunciou um suposto acordo entre o atual governador, Camilo Santana, e as facções criminosas em 2019, alegando que este acordo estaria em vigor até os dias atuais. Segundo suas palavras, o acordo teria estabelecido uma divisão dos presídios entre as facções, resultando na diminuição dos homicídios entre detentos, porém, segundo Ciro, isso teria levado à escalada da violência nas ruas, atingindo agora civis inocentes.
Ciro Gomes questionou a responsabilidade das autoridades no enfrentamento à violência no estado, levantando dúvidas sobre a eficácia das políticas de segurança implementadas até o momento. Ele instigou: "por que isso está acontecendo no Ceará?".