O Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) divulgou nesta terça-feira (26) o Mapa da Desigualdade entre as Capitais Brasileiras, colocando Recife em segundo lugar no ranking de capitais mais desiguais socialmente e economicamente. A análise abrange diversos setores, como educação, saúde, violência, assistência social, meio ambiente e direitos humanos.
De acordo com o mapa, que classifica as capitais de todos os estados brasileiros com notas entre 373 e 677, Recife obteve a pontuação de 392. A cidade ficou atrás apenas de Porto Velho (RO), que obteve 373 pontos. Um dos principais desafios enfrentados pela capital pernambucana é sua taxa de desocupação, que atinge 15% da população, colocando-a como a segunda maior do país nesse indicador.
Além disso, Recife destaca-se por ser a segunda capital brasileira com a maior proporção de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, com 11,2% da população. Nesse aspecto, está atrás apenas de Rio Branco (AC), com 11,3%, e Salvador (BA), com 11,15%.
O texto do Mapa ressalta que essa análise oferece um panorama da desigualdade que separa áreas com infraestrutura e serviços básicos das que carecem dessas condições fundamentais para uma vida digna e decente.
A pesquisa revela que as capitais do Nordeste apresentam extremos em desnutrição infantil. Enquanto em Teresina menos de 0,5% das crianças menores de 5 anos sofrem com esse problema, em Salvador a taxa chega a 4%.
No que diz respeito à gravidez na adolescência, Macapá lidera com 18% das jovens até 19 anos afetadas, enquanto Florianópolis apresenta uma taxa de 6%.
Quanto à disponibilidade de saneamento básico, São Paulo destaca-se com 100% de cobertura, enquanto Porto Velho possui menos de 6% da população atendida.