Professores da UFPE iniciam greve nesta segunda-feira

 

A partir desta segunda-feira (20), os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) oficializaram sua participação em uma greve, em consonância com um movimento nacional que busca a reestruturação de carreiras, recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas aprovadas durante os governos Temer (MDB) e Bolsonaro (PL). Segundo levantamento do G1, ao menos 52 universidades e 79 institutos federais aderiram à greve.

Anteriormente, os técnicos administrativos da UFPE e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) já estavam em greve desde o dia 11 de março. Os servidores administrativos do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) também se uniram à paralisação em 3 de abril.

A Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) lidera o movimento grevista na universidade, apontando que os professores tiveram uma perda salarial de 39,92% desde 2010, levando em conta a inflação acumulada no período. Apesar de um reajuste de 9% concedido em 2023, a associação considera o aumento insuficiente para cobrir as perdas acumuladas.

A Adufepe relata que em julho de 2023 foi apresentada uma reivindicação de reajuste de 39,92%, contudo, o governo federal negou o aumento para 2024 e ofereceu 4,5% para os anos seguintes. Após tentativas de negociação, o governo não aceitou a proposta dos professores, mantendo-se inflexível quanto a qualquer reajuste em 2024.

A UFPE reconheceu a legitimidade das reivindicações e respeitou a decisão democrática do sindicato, bem como a autonomia individual dos docentes em aderir ao movimento grevista. Até o momento, não houve alterações oficiais no calendário acadêmico da instituição.

Os ajustes pós-greve serão realizados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, considerando a duração e impacto da paralisação.

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