No que é considerado o pior atentado na Rússia em duas décadas, um grupo armado abriu fogo em uma casa de shows próxima a Moscou na noite desta sexta-feira (22). Vestidos com roupas camufladas e portando metralhadoras, os terroristas iniciaram o ataque por volta das 20h local (14h em Brasília).
Segundo informações da agência oficial de notícias Tass, o incidente ocorreu na casa de shows Crocus City Hall, em Krasnogorsk. O ataque começou no saguão do estabelecimento e posteriormente se estendeu para o interior, onde ocorria um evento.
As autoridades russas confirmaram que houve 40 mortes e mais de 100 pessoas ficaram feridas durante o ataque. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram momentos de pânico, com pessoas buscando refúgio enquanto tiros eram ouvidos. Novas informações indicam que o número de mortos passam de 130 no momento.
Veja no vídeo abaixo momento que os terroristas matam civis indefesas (ATENÇÃO! IMAGENS EXTREMAMENTE FORTES):
O Ministério Público já iniciou uma investigação e declarou o incidente como um atentado terrorista. Até o momento, não há informações precisas sobre o número de terroristas envolvidos no ataque.
O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre a situação no local, conforme anunciado pelo porta-voz do governo Dmitry Peskov. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, lamentou a tragédia e garantiu que todo o suporte necessário será fornecido às vítimas e familiares.
Testemunhas relataram que os terroristas utilizaram coquetéis molotov durante o ataque, e algumas saídas do estabelecimento foram trancadas, dificultando a fuga das pessoas presentes.
A Embaixada dos Estados Unidos na Rússia havia alertado anteriormente sobre possíveis planos de ataques na região. No entanto, as autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento, reforçando que o país "certamente não tem nada a ver com os tiroteios e explosões" ocorridos perto de Moscou.
O atentado ocorre em um momento de tensões geopolíticas, com a Rússia recentemente envolvida em conflitos com a Ucrânia. O presidente Putin foi reeleito nesta semana em uma votação que gerou controvérsias devido à falta de candidatos de oposição significativa.