Um jovem brasileiro de 16 anos, Gabriel Magalhães, foi morto a facadas em uma estação de metrô em Toronto, no Canadá, no sábado, 25 de março. O ataque ocorreu quando Gabriel estava sentado em um banco próximo às escadas rolantes da plataforma de embarque. O suspeito do crime é Jordan O’Brien-Tobin, de 22 anos, morador de rua, que deixou a estação após o ataque, mas foi preso no mesmo dia.
A polícia de Toronto afirmou que o ataque foi aleatório, sem qualquer motivação aparente. A mãe de Gabriel, Andrea Magalhães, que é enfermeira em um hospital da cidade, disse em entrevista à rede canadense Global News que a família deixou São Paulo em 2000 procurando por uma vida melhor e mais segura em Toronto.
Embora Andrea tenha dito que nunca pensou que algo assim aconteceria com um de seus filhos, o jornal local "Toronto Star" publicou uma reportagem destacando uma onda de ataques aleatórios no metrô da cidade. Em 2022, houve 1.068 incidentes violentos contra passageiros na rede de transporte público, um aumento em relação aos 669 incidentes registrados em 2019, antes da pandemia.
Andrea não está culpando o suspeito pelo assassinato de seu filho, mas está questionando o sistema de apoio aos moradores de rua. Ela afirmou que o problema precisa ser resolvido com investimentos adequados, em vez de apenas colocar guardas nas ruas e no metrô. "Precisamos do apoio apropriado, e não de cortar fundos de saúde pública. Precisamos investir mais. Essa é uma cidade rica. Nós pagamos muitos impostos e queremos que nosso dinheiro vá para a segurança", declarou.