Pastor Passamani foi preso por ser risco a mulheres, diz polícia

 

Na última quinta-feira (4/4), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) realizou a prisão do pastor Davi Passamani, na capital goiana, sob suspeita de representar um risco iminente à segurança das mulheres. A detenção ocorreu após investigações sobre casos de importunação sexual supostamente cometidos pelo religioso. Durante uma coletiva de imprensa na manhã seguinte (5/4), a delegada Amanda Menuci, responsável pelo caso, declarou que Passamani utilizava sua posição religiosa e a vulnerabilidade das vítimas para perpetrar tais crimes.

Segundo as informações fornecidas pela polícia, o delito em questão teria ocorrido em dezembro de 2023, envolvendo uma jovem de 20 anos que, em meio a uma situação de fragilidade em seu relacionamento, teria sido abordada pelo pastor através das redes sociais. Inicialmente, as conversas versavam sobre temas religiosos, mas logo Passamani passava a narrativas de cunho sexual, incitando a vítima a se envolver em práticas de teor íntimo.

A delegada Menuci revelou que Passamani, fundador da igreja A Casa, da qual a vítima fazia parte, renunciou à presidência da instituição após a denúncia inicial. No entanto, ele retomou suas atividades religiosas posteriormente, o que levou à representação de sua prisão em março deste ano, visando proteger potenciais novas vítimas. O pastor foi detido quando se dirigia para um culto na nova igreja em que ministrava, denominada A Porta.

De acordo com as autoridades, este não é o primeiro episódio envolvendo Passamani. Em investigações anteriores, houve um inquérito arquivado e um acordo de não persecução penal, mas o modus operandi do pastor se manteve constante. A polícia alega que todas as vítimas foram abordadas de maneira similar, em momentos de vulnerabilidade, e que o consentimento para as práticas sugeridas por Passamani não era genuíno.

Durante a entrevista coletiva, a delegada Ana Elisa Gomes, titular da Delegacia Estadual de Combate à Violência Contra a Mulher, enfatizou a gravidade do crime de importunação sexual, ressaltando que não é necessário haver conjunção carnal para configurá-lo. Ela encorajou as mulheres a denunciarem casos de crimes sexuais e destacou a importância de não descredibilizar as vítimas.

Por outro lado, o advogado de defesa de Passamani, Leandro Silva, contesta as acusações, alegando que o inquérito policial possui lacunas e que a prisão do pastor é uma tentativa de difamar sua imagem e prejudicar seu patrimônio. Silva também afirma que sua defesa tomará as medidas necessárias para garantir a liberdade de seu cliente.

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