Na manhã desta quarta-feira (15), Gideão Duarte, identificado como o terceiro suspeito vinculado ao homicídio da cantora gospel Sara Mariano, foi detido em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele teria sido o condutor do veículo no qual a vítima estava momentos antes de desaparecer em 24 de outubro.
Agentes policiais localizaram Gideão em sua residência por volta das 7h durante uma operação de busca. No decorrer das investigações, ele foi apontado como um motorista de aplicativo que conduziu Sara. O carro usado na ocasião não pertencia a ele, mas sim a um vizinho, o empresário Hugo Ricardo Cora, conhecido na comunidade religiosa como "Apóstolo Hugo".
Quando informado sobre a conexão do veículo ao crime, Hugo dirigiu-se à delegacia e esclareceu ter emprestado o carro a Gideão. Naquele momento, Gideão foi ouvido pelas autoridades e liberado.
Esta prisão constitui a terceira no desdobramento do caso Sara Mariano. A segunda detenção vinculada ao caso aconteceu na noite anterior (14) na Ilha de Itaparica, envolvendo um homem identificado como Bispo Zadoque, conhecido por sua atuação em igrejas evangélicas na RMS.
Segundo as investigações, o líder religioso supostamente e o motorista de aplicativo são suspeitos de envolvimento logístico e execução, inclusive no incêndio do corpo e na tentativa de ocultar provas.
A polícia identificou a dupla após diversas diligências, incluindo depoimentos de testemunhas e análises de imagens de câmeras de segurança pública e privada. Perícias adicionais estão aguardadas para complementar as investigações em curso.
Ederlan Santos Mariano, ex-marido da vítima, foi detido em 28 de outubro, quatro dias após o desaparecimento de Sara. Os investigadores afirmam que ele confessou o crime, mas a defesa de Ederlan nega essa alegação.
O advogado de Gideão, Carlos Augusto Vaz, asseverou a inocência de seu cliente, mencionando que ele era o motorista habitual de Sara, conduzindo-a a vários eventos.
"No dia do crime, ele foi convidado pelo Bispo a levar Sara para um evento. Após deixá-la com o Bispo, não teve mais conhecimento dos eventos subsequentes", declarou o advogado.